Liberdade e movimento


Quando começou a pintar, a artista Maria Cecília Seabra não imaginava que um dia o surf passaria a ser um de seus temas preferidos. Foi depois de uma visita a Florianópolis, em 2001, que a paulista formada em Artes Plásticas e decoradora, se deparou com a beleza da linha que um surfista faz na onda. Coincidentemente, enquanto esteve na ilha acontecia um campeonato de surf na praia Mole, e, a partir daí, a artista teve um "encantamento visual" com o esporte. Esses foram os elementos que deram vida para a coleção "Liberdade e Movimento" que totaliza 15 telas.

Maria Cecília iniciou seus primeiros traços ainda garota, mas foi em 1986, ano de sua formatura, que passou a pintar "profissionalmente". Entretanto, acredita que a pintura seja um dom inato.

Apesar de não surfar. Maria Cecília diz que se apaixonou pela grandiosidade do mar. "A beleza para mim está mais no visual, sinto a emoção pelo visual", ilustra. Sua lembrança das ondas e referências de fotografias foram inspirações que ela precisou para criar seus painéis. " Os pontos essenciais para mim são o movimento da onda e a liberdade que ela tem, pois nunca são iguais. A nuance das cores do mar através da luz do sol, a coragem do surfista... Isso tudo me dá um encantamento visual", explica.

Além do surf, a artista, hoje com 42 anos, sempre teve grande paixão por pintar flores, peixes, pores-do-sol: "gosto de flor, surf ou mesmo um abstrato. Árvores, natureza morta e figura humana não são meus fortes", comenta sobre suas preferências.

Com sutileza ao representar a realidade das formas da natureza, no caso o mar, Cecília encontrou no estilo figurativo moderno seu formato de arte, e na técnica acrílico sobre tela, sua concepção.