O TOUR DOS SONHOS VOLTOU?


Enquanto um swell proporcionava ondas de 15 pés em Tavarua, fazendo a cabeça de Bruce Irons, Mark Healey e Kelly Slater, a ASP e a Volcom anunciaram, no dia 25 de julho, que Fiji estará de volta ao World Tour em 2012.

Tavarua esteve no Tour em oito temporadas ─ e, diga-se, representou muito bem a bandeira fijiana. "A etapa estava sem patrocinador oficial há alguns anos e a Volcom tem interesse em expandir suas ações em eventos que gerem alta performance", diz Diego Motta, diretor de marketing da Volcom Brasil. "A decisão veio em função da grande repercussão que o evento WQS Pipe Pro trouxe para a marca".

Nas edições de Fiji no Tour, quem se destacou foi Kelly Slater, campeão em 2005 e 2008.

Entre os brazucas, os que se deram melhor foram Victor Ribas e Guilherme Herdy, ambos vice-campeões em 1999 e 2000, respectivamente. Mineiro foi o terceiro colocado em 2008.

SURF NO IPOD


SE NÃO DÁ PARA FICAR LONGE DO SEU IPHONE NEM QUANDO O MAR ESTÁ QUEBRANDO CLÁSSICO, ESSA É PARA VOCÊ. PREPAREI UMA LISTA COM OS CINCO MELHORES APLICATIVOS PARA O TELEFONE DOS "APPLEMANÍACOS" SURFISTAS.


CAMPEONATOS ─ ASPTOGO
É o pacote completo para quem gosta de se manter em dia com o que rola no surf profissional. Confira resultados de campeonatos atualizados constantemente, cobertura ao vivo, rankings e até transmissão em vídeo dos principais eventos da ASP.
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CONDIÇÕES DO MAR ─ OAKLEY SURF REPORT
Não é igual a ver o mar em pessoa, mas o aplicativo da Oakley informa tudo que você precisa saber sobre as condições nas principais praias ao redor do mundo ─ tamanho das ondas, formação, previsão do tempo para uma semana, direção e intensidade do vento e tábua de marés.
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NOTÍCIAS ─ SURFERS VILLAGE
O aplicativo do surfersvillage.com é para quem respira surf 24 horas por dia. Tem de tudo e mais um pouco ─ notícias de última hora, regionais e internacionais. Com ele em mãos (literalmente), nenhum acontecimento do esporte passará batido.
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GAMES ─ WILD CARD PRO SURFING
Caia na pele de um surfista amador que ganhou um wild card para um evento do WT. Impressione os juízes e você poderá surfar as melhores ondas do planeta contra todos os Tops ─ ou contra uma comunidade de jogadores online. Se este jogo não for para você, a Billabong e a Rip Curl também lançaram games para o iPhone.
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VIAGENS ─ WORLD SURF ATLAS
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FAST FOOD OU À LA CARTE?


"Para te inspirar cada vez mais e ajudar a revelar pra galera a essência do surf".


A frase escrita no envelope sobre minha mesa era do fotógrafo Marcelo Bicudo, que sabendo e compartilhando da minha saudável obsessão por todo tipo de publicação relacionada ao surf, me enviou duas jóias raras.

Uma delas era o primeiro número da extinta Brasil Surf. A outra era a edição de outubro de 1976 da revista americana Surfing.

Em poucos segundos comecei a folhear as páginas amarelas dessas valiosas relíquias, com todo cuidado para que elas não se desintegrassem em minhas mãos. A cada página virada, eu voltava um pouco mais no tempo, entrando sem perceber numa viagem incrível, sem sair do lugar. Larry Bertlemann, Pepê Lopes, Mark Richards, Ricardo Bocão, Mark Warren, PT, Freddy Koester, Michael e Shaun Tomson, Kadinho Meyer, George Greenough e Rico eram alguns dos que estampavam, a cores e em preto e branco, as matérias e anúncios de ambas as revistas ─ publicadas quando eu ainda nem era nascido. Alucinando com as fotos desses mestres deslizando e manobrando em suas single fins, encontrei um texto de Richard Dowdy, então editor da Surfing, que me chamou a atenção.

"A Terra está rapidamente se transformando numa vila global. Tecnologia e comunicações estão em praticamente todos os cantos do mundo, mundando nossos valores e transformando nossa paisagem".


Fiquei pasmo com a relevância atual de uma frase escrita há 34 anos. Ainda mais quando a mídia especializada de hoje atravessa essencialmente a mesma situação.

Nessa era de internet, sites, blogs e páginas de relacionamento ─ onde o imediatismo é a norma ─ a comunicação de conteúdo e a maneira como o consumimos transformou-se drasticamente. E isso é muito positivo.

Não há como negar que a internet mudou a maneira como hoje acompanhamos o mundo do surf. Lembra como chegávamos na praia ansiosos para ver o que a frente fria iria produzir? Hoje sabemos com dias de antecedência como estarão as ondas, o vento, a maré e o período. E quando tínhamos de esperar dois meses para saber o resultado de um evento? Atualmente acompanhamos tudo ao vivo em HD, com replay, comentário e entrevista na areia.

Os blogs, twitts e páginas de relacionamento, por sua vez, possibilitam um canal direto entre os surfistas e o mundo digital. Ficamos sabendo quase que instantaneamente, por exemplo, que as pranchas de C.J. Hobgood foram roubadas na França e que Peter Mel puxou a cordinha de Dennis Tihara durante um campeonato no México.

Enquanto o dinamismo de novos meios encaixa-se perfeitamente com certos conteúdos, em troca enaltece os pontos fortes da mídia impressa. As revistas de srf que se adaptaram a essa nova realidade estão melhores e mais relevantes do que nunca.

Pois é através delas que temos acesso a textos mais densos, análises mais aprofundadas, opiniões de colunistas de peso, entrevistas extensas e toda a textura da melhor fotografia aquática existente. A natureza do meio pede uma leitura mais tranquila, analítica e reflexiva.

Isso sem falar que revista você pode levar para a praia. Ou ler no banheiro. Ou deitado na rede. Você não precisa estar na frente de uma tela, nem próximo de uma tomada. Aquela foto que te fascinou você recorta e cola na parede. Revista você coleciona e deixa orgulhosamente esparramada na mesa de centro.


Internet é fast food. Impresso é à la carte. Website você devora. Revista você saboreia. Tudo depende do seu apetite.

Um não anula o outro e ambos são válidos em suas distintas propostas. Por isso mesmo as boas revistas sempre existirão ─ trazendo ainda mais inspiração e essência ao leitor que sabe o que quer.

FRUTAS FRESQUINHAS E LEGUMES PODRES


Steve Cleveland é um moleque de 59 anos e gosta de fazer filmes de surf. Ganha muito pouco dinheiro com isso e se preocupa apenas com a diversão ─ de quem assiste e a sua. Seu segundo filme Another State of Mind foi elogiadíssimo e ganhou alguns prêmios festivais afora.

Fresh Fruits for Rotten Vegetables é uma alusão ao clássico do punk hardcore do Dead Kennedys, aqui no caso do surf e as ondas são as frutas fresquinhas e os surfistas os legumes podres, como diz Cleveland.

O blog é um site quase totalmente voltado para o surf progressivo e raramente trata com a devida atenção os longboarders, por isso aproveitamos aqui para comentar um vídeo quase todo recheado com pranchas acima de 9 pés. A intenção do filme é clara, porradaria comento solta e som na caixa, sem frescura, sem firulas, sem “artismos” (habitual crise de artista que muitos diretores atuais sofrem).

Assistir ao surf com trilha do Fugazi, New Order, Stone Roses, Pixies e Public Image Limited não pode errar. Cleverland mostra os mais conhecidos Alex Knost, Joel Tudor, Bonga Perkins, Beau Young, Kassia Meador (a surfista mais sexy do planeta em cima duma prancha), C.J. Nelson e outros que nem fazia idéia existir, como o habilidoso Harley Ingleby e o incrível Chad Marshall.

Ondinhas perfeitas, Indonésia, estilosas caminhadas na prancha, pé no bico, tubo, pranchinha e pranchão, está tudo nesse filme. Exatamente pelo motivo que o mar não se repete é que recomendo assistir a esse filme. Fuja do óbvio ─ e depois corra pros braços dele.


DIREÇÃO Steve Cleveland
TRILHA SONORA New Order, Fugazi, Public Image, Screeching Weassel, Interpol, Pixies, Stone Roses
EXTRAS mais de cinco minutos de surf com trilha do Dinossaur Jr e The Jam.
PORQUE ASSISTIR O verão não termina nunca e há diversão certa nos pranchões se você souber usar direitinho.
NÃO DEIXAR DE CONVIDAR O amigo que curte alaias, mini Simmons, Fishes e adjacências.


Fui do sonho ao pesadelo. E senti vergonha de ser brasileiro. É triste dizer isso, mas foi o que aconteceu comigo ─ e tem acontecido diariamente com muitos outros brasileiros ─ quando retornei ao Brasil depois de divertidos dias de férias surfando nas pndas perfeitas das Maldivas e também nos museus da Europa. Era final do último mês de junho e nosso avião aterrisou às 6 da manhã. A fila da imigração era desesperadora. Um caracol lento e sem fim, com um monte de funcionários mal-humorados e despreparados tornando as coisas mais difíceis ainda. Conforme mais vôos iam chegando, as coisas pioravam. Clima tenso. Centenas de pessoas indignadas reclamando muito. Essa é a rotina instalada em Guarulhos. Bem-vindo ao Brasil!

Ufa, conseguimos entrar em nosso próprio país depois de muita espera. Mas o sentimento de alívio durou apenas alguns segundos. Foi somente no trajeto que liga a imigração à área de bagagens e da saída. A cena era igualmente desoladora. Outra multidão se amontoava tentando pegar as malas e deixar o aeroporto. Novamente desorganização e despreparo e outra fila sem fim para passar pela receita federal. Os comentários externados em voz alta e muitas vezes aos berros eram basicamente os seguintes: "Vergonha... Imaginem durante a Copa... O Brasil não tem as mínimas condições de sediar um evento desse porte... Será um caos sem tamanho...", e por aí vai.

Mas o pior era que ainda tinha mais pela frente. Depois de filas na imigração e na receita, era hora de pegar a fila da máfia do táxi. Novamente centenas de pessoas indignadas tentando sair dali sem sucesso e sujeitas a pagar preços exorbitantes da quase que única maneira de transporte existente no principal aeroporto de nosso país. Afinal, quais são as opções? Aqueles ônibus que não saem a toda hora ou os preços fechados impostos pela empresa que comanda os táxis que circulam ali. Absurdo.

Como nosso principal aeroporto não tem uma linha de metrô que ligue o terminal à cidade? E Cumbica é só um exemplo dos graves problemas que temos. A Copa está aí. Num piscar de olhos estaremos em 2014. O que está sendo feito? Socorro. Um grande fiasco está se apresentando e nossas autoridades muito falam, mas nada fazem. Será que estão realmente esperando chegar os "48 do segundo tempo" para poderem fazer tudo sem licitação e com preços superfaturados? Infelizmente já vimos esse filme. Se for para ser do jeito que está, fico pensando se efetivamente não seria melhor abrir mão do evento agora, trabalhar duro, promover as infinitas mudanças necessárias e se candidatar novamente para uma outra oportunidade. Também seria um grande fiasco. Porém menor do que sediar o evento com nossa atual e precária infraestrutura. Que as autoridades façam milagres e me façam queimar a língua, ou melhor, os dedos. Mas, do jeito que vamos, seremos motivo de piada para o mundo. O que acabei de relatar não é nenhuma novidade, mas infelizmente, é a nossa triste realidade. Das direitas perfeitas, longas e cristalinas das Maldivas, para as filas nojentas, longas e vergonhosas do principal acesso ao nosso país. Fui do sonho ao pesadelo. Bem-vindo ao Brasil!

LONGBOARD ESPECIAL

Quando se encomenda um Longboard, às vezes é complicado decidir o que fazer. Começando pelo modelo, pela rabeta ou a flutuação. O modelo pode ser Clássico ou Progressivo. O clássico é ideal para ondas pequenas, com boa largura como 9’3” × 22’ ½” × 3”, bico largo, excelente para um nose ride (pé no bico).

Já o progressivo, com uma largura menor e com flutuação de acordo com o peso do surfista, rabeta estreita, como 9’3” × 22’ ¾” × 2’ ¾”, vai facilitar nas curvas e dar mais velocidade nas manobras mais radicais, fazendo com que o long tenha uma boa projeção.

Alguns artifícios são usados no shape: concaves no bico (ajuda a dar mais flutuação no bico), canaletas (mais velocidade), v-bottom (troca de borda), fazendo com que o conjunto geral ajude o surfista a fazer manobras mais fáceis.

Um detalhe importante é o seu shaper ficar atento ao fundo da prancha, pois muitos fazem como pranchinha, e isso é errado, pois o fundo do longboard é bem diferenciado.

Já quando às quilhas, tem uma infinidade de modelos e estilos, o que fazer? Os longs podem ser: triquilhas como as pranchinhas, ou os mais usados hoje em dia, que são com estabilizadores e quilha central, removíveis ou não. Podem ser também só monoquilhas, muito usados nos modelos clássicos.

As quilhas mais estreitas na base, junto com estabilizadores, funcionam muito bem nos modelos progressivos, com tamanhos que variam entre 6” e 7’ ½” polegadas.

Os modelos mais largos na base funcionam melhor como mono em modelos mais clássicos, com tamanhos que variam entre 8’ ½” e 9” polegadas.

Os longs podem também apresentar 2 ou 3 longarinas, para reforçar, com rabeta e bico de madeira muito usado nos modelos clássicos, que dão sem dúvida um toque muito especial.


QUE MODELO USAR NA RABETA?
Usamos vários modelos como diamond, squash, swallow, round pin, etc...

Os mais usados são:
Squash: que são excelentes para todos os tipos de ondas, deixando a rabeta mais solta, devido a ter uma área maior e com mais flutuação.
Round Pin: deixa a prancha mais veloz, pois entra mais na água, projetando bem a prancha, uito usada em ondas maiores e mais fortes.


UMA OUTRA COISA TAMBÉM QUE É SEMPRE DÚVIDA É A PINTURA, O QUE FAZER?
Aconselha-se a colocar cores claras, nos dois lados, pois o sol pode esquentar muito a prancha em cores escuras, causando danos irreversíveis, como deformar o bloco e o envelhecimento da prancha

Uma dica também é nunca deixar sua prancha dentro do carro fechado no sol.