HUNTINGTON REÚNE 1 MILHÃO


KELLY CALA A BOCA DOS TOPS E FILIPE TOLEDO DESBANCA OS FAVORITOS DA NUMEROSA TORCIDA:UMA BREVE HISTÓRIA DO NIKE US OPEN OS SURFING.

A multidão que infesta Huntington Beach é um verdadeiro zoológico a céu aberto. Durante uma semana, quase um milhão de pessoas passaram pelo Nike Us Open e cultivaram a semente da idolatria.

Símbolos fazem parte da cultura norte-americana. Aqui todos carregam algum símbolo no corpo. Em nenhum outro lugar do planeta esse culto é tão eficiente.

Vejam a Nike com seu logo que hoje já faz parte da paisagem e Kelly Slater, sinônimo de surf aqui e acolá. Faltava apenas essa aliança, o maior dos surfistas ganhando o maior dos cheques na frente da maior e mais deslumbrada multidão que o surf profissional já viu.

E diante dessa mesma turba desvairada, Filipe Toledo venceu três dos maiores (e mais bem divulgados) ídolos da novíssima geração. A tempestade brasileira, tradução simplista e preguiçosa do que chamam aqui de brazilian storm, está completa.

Os locutores gritavam: "Comprem Holohe! Comprem Conner! Comprem John John!". Silenciosamente, o mais jovem dos competidores na final Júnior e em todo o evento, Filipe Toledo, foi ganhando força nesse tão disputado mercado de produzir ícones. Bateria encerrada, Toledo mostrou que há brasileiros por todos os lados conquistando seu valioso espaço nas prateleiras desse supermercado que é o surf nos Estados Unidos.

Em 2011, já estivemos na liderança do ranking da ASP com Adriano de Souza. Ganhamos o XXL com Danilo Couto. Marcos Monteiro desbancou um dominó de ídolos em ondas gigantes no Chile.

Pupo, Medina, Mendes, Faria, Ibelli, Camarão e agora Toledo já não são mais influenciados pelos garotos que falam inglês. Muito pelo contrário. Australianos e americanos, havaianos inclusos, bebem agora dessa fonte. O maior produto do surf americano atual, último lançamento dessa máquina fabulosa que é o mercado do surf, Kolohe queria ser brasileiro.