Mineirinho que de mineiro só tem o apelido, provou também que “não come quieto”. Botou pra baixo, arrancou highs scores dos juízes, euforia da galera, “uhuls” dos companheiros e desconcertou o Velho Mundo com seus poucos e comprovadamente maduros vinte e dois anos. Com sua audácia Mineirinho chegou até a repaginar a imagem do tradicional azarento número treze, lembrando em sua primeira entrevista após a final da coincidência entre sua primeira vitória no tour em 13 de outubro e seu aniversário comemorado em 13 de fevereiro. Coincidência ou não, esse tal de 13 trouxe ao Mineiro sua primeira conquista no circuito e ao surf brasileiro o nascimento de uma das suas maiores esperanças da atualidade.
Confirmou não ser promessa e sim realidade. Em terras ibéricas mostrou fazer jus ao velho ditado espanhol “Si quieres buena fama, no te dé el sol en la cama”, “Se queres boa fama, não te ache o sol na cama” - se quer que os outros te respeitem, é preciso trabalhar e não ser preguiçoso. “Buena fama” ele conquistou, graças a falta de preguiça e muito trabalho que deve manter a constância e o padrão, uma vez que o trem desse mineiro está “bão” demais.
É, o garoto, menino, moleque, mineiro, paulista, do Guarujá, de Minas, da Espanha, do Brasil, do mundo, renova nossas esperanças e imprimi orgulho em nosso peito. É preciso e foi provado que se deve acreditar no surf brasileiro, pois como já dizia nosso velho ditado “Eu sou brasileiro e não desisto nunca”.