Dizem que a mudança é uma constante no surf. E basta olhar para trás que comprovaremos que nossa tribo mudou, evoluiu. Se formos comparar os dias de hoje com 20 anos atrás, veremos que muita coisa está diferente: pranchas e, principalmente, a forma como surfamos as ondas. Os sonhos são outros e hoje a nossa busca vai muito mais além. Com o mundo globalizado, o surf chegou aos quatro cantos do planeta.
Mas essas mudanças não acontecem à toa. Elas são uma evolução do que já foi o nosso esporte. Por isso, o meu conhecimento nada seria sem a história dos últimos 20 anos.
E se por um lado a mudança faz parte do esporte, sua essência é a mesma. A alegria no rosto de um menino ao acelerar na sua primeira onda, é a mesma que sente Kelly Slater em mais um tubo em Pipeline. O desejo do coroa em dropar a onda do dia é o mesmo de Maya Gabeira em descer mais uma onda gigante. Em qualquer lugar, sendo amador ou profissional, o espírito não mudou.
Esse é o meu compromisso com as pessoas que me acompanham e pensam sobre meus textos. Evoluir e se renovar com o esporte, sem nunca perder o feeling que nos faz deslizar até a beira da praia toda vez que o mar estiver bom, ou até mesmo ruim.