ELE FEZ HISTÓRIA AO COMANDAR O ATAQUE À PODEROSA ONDA DE JAWS NA REMADA ─ E, APÓS SUA QUINTA INDICAÇÃO, FOI COROADO COM LOUVOR NA CATEGORIA PRINCIPAL DO BILLABONG XXL: ONDA DO ANO. CONHEÇA A TRAJETÓRIA DESTE BAIANO, QUE HÁ 15 ANOS DEIXOU O BRASIL PARA SEGUIR SEU SONHO E FOI RECOMPENSADO EM GRANDE ESTILO NO OSCAR DO SURF MUNDIAL.
São 20h30 do dia 07.02.2011, no North Shore de Oahu. A temporada havaiana está no auge. O mar não pára de bombar e o big rider Danilo Couto tem trabalhado duro em prol de um sonho que persegue há anos: vencer o Billabong XXL, o Oscar do surf de ondas grandes.
Sua esposa, Laura, uma loira bonita e simpática nascida no estado de Oregon, está chateada. Danilo mais uma vez quer arrumar as malas às pressas e partir com tudo para a ilha de Maui. A previsão de ondas gigantes acabara de se confirmar e os principais nomes do big surf estariam em Jaws na manhã seguinte.
Mas o surfista de 36 anos tem compromissos. Laura havia preparado um jantar familiar e a filha do casal, a irreverente Tiare, 6, iria dormir depois de ouvir as histórias do livro infantil lidas pelo pai. Danilo queria muito já estar no avião para dormir cedo em Maui e acordar 100% fisicamente. Mas a prioridade é a família. Tudo precisa estar em perfeita harmonia em sua casa para que a energia percorra suas veias e ele esteja pronto para mais um combate na arena de Jaws.
Depois de jantar, ele telefona para os companheiros e anuncia: “Está marcado. Amanhã é final de Copa do Mundo!”. Além de falar com os conterrâneos Marcio Freire e Yuri Soledade, ele convida Greg Long, Nathan Fletcher e Sion Milosky, que nunca haviam remado nas mandíbulas de Jaws.
Danilo era considerado um dos favoritos ao XXL com uma esquerda surfada no dia 16 de janeiro, mas ele sabia que iria ficar para trás no novo swell que já explodia no pico. Agora seria diferente. Ondas maiores e nomes consagrados na água. Até então, o line-up de Jaws era dividido apenas com os amigos, mas agora toda a mídia internacional estaria de olho no show.
A família de Danilo vai dormir. É hora de acessar a internet para comprar a passagem, arrumar a bagagem e tirar um leve cochilo até 2 da manhã. Cansado, ele encara uma hora de estrada do North Shore a Honolulu, onde iria embarcar no primeiro vôo para Maui, às 5 da manhã.
FINAL DE COPA DO MUNDO
No aeroporto, ele encontra Nathan e Sion completamente adrenalizados. Os olhos de Sion Milosky ─ que no dia 16 de março viria a falecer em Mavericks, na Califórnia ─ irradiavam de tanta energia. Acostumado a remar nas bombas de Jaws, Danilo estava tranqüilo. Seu comportamento destoava da dupla.
Em Maui, todos partem em direção à arena. Jaws está fumegando. O barulho das ondas é de arrepiar. Só os gladiadores mais poderosos confiam em seus braços para desafiar aquelas montanhas de água desprovidos da ajuda do jet ski. Como a direção do swell estava mais propícia para as direitas, Danilo já sabia onde a Copa do Mundo seria decidida. Onde o último e decisivo pênalti seria cobrado. Com Greg Long e o local Ian Walsh surfando de frontside, seria preciso muita audácia para roubar a cena naquele dia.
Na remada, o baiano estava em total sintonia com as esquerdas, mas ele tinha um novo desafio pela frente. Apesar de já ter despencado também de backside, ele ainda não havia descido uma ladeira tão íngreme. Seria o primeiro dia em que a direita seria surfada com tamanha pressão.
Antes da longa remada ao outside, ele e o amigo de infância Marcio Freire repetem uma cena que não cansa de impressionar quem acompanha as performances da dupla em Jaws. Os baianos descem o penhasco, vão até as pedras escorregadias do inside e esperam o momento certo para o salto na rasa bancada. A prancha é grande, pesada, e as espumas não param de vir. Todo cuidado é pouco. Depois do pulo, é hora de remar como nunca para não ser jogado de volta às pedras.
ONDA HISTÓRICA
Já no outside, Danilo esquenta as turbinas nas esquerdas. Enquanto isso, Greg Long e Ian Walsh investem nas direitas. Depois de pegar mais uma bomba, o baiano vê Greg surfar uma das maiores do dia. É hora de estender os limites e ir em busca do que ele vinha mentalizando ainda no avião. “Quero pegar uma direitona lá de fora, cavar no bowl e jogar pra dentro com tudo de grab rail”, matutava enquanto sobrevoava o arquipélago havaiano.
A onda dos sonhos vem. Danilo rema forte, está disposto a encarar aquela avalanche. O vento terral sopra mais forte do que nunca e segura vorazmente o big rider, mas ele não quer saber. Seus braços estão em plena forma e suportam um esforço extra. Como se fosse a última onda da sua vida, ele rema com uma energia impressionante e se joga no precipício aquático.
Aos berros, Nathan Fletcher compõe a trilha sonora. Além de amigo e ídolo, ele é uma espécie de amuleto de Danilo e esteve presente nos principais momentos do baiano no big surf. O californiano não poderia ficar de fora daquela cena inesquecível.
A prancha mágica 10’6”, shapeada por Jorge Vicente, parece um papel ao vento, uma pena flutuando. Mesmo com todo aquele tamanho e peso, ela dá a impressão de que não vai agüentar o drop em uma morra tão assustadora. Como um gladiador determinado a vencer uma batalha, um toureiro de primeira linha, Danilo luta para não perder o equilíbrio e se manter no curso a ser seguido. Aquele momento era único e ele não podia desperdiçá-lo.
Drop feito, é hora de cavar. Ele prepara a gunzeira e olha atentamente para o lip. O paredão infinito começa a despejar toda a sua ira e volta a ameaçar Danilo, mas ele sabe o melhor caminho para driblar aqueles jatos de água. O baiano crava a mão na borda da sua prancha amarela e encara o West Bowl, parte mais rasa da bancada. Tudo do mesmo jeito que ele havia imaginado no avião.
A espuma turbulenta tenta derrubá-lo por trás. Não tem jeito: Danilo está tomado e mais uma vez dá olé no touro enfurecido. Em êxtase, ele soca o ar e comemora. Onda histórica. No canal, é recebido pelo conterrâneo Juan Gomes, residente em Maui, que está no jet ski com um amigo taitiano: “Já era! Essa é a onda de US$ 50 mil! Não tem pra ninguém!”, grita Juan.
Danilo está no mundo da lua. Ele acabava de surfar a onda mais emocionante da sua vida. Já havia domado ondas muito maiores e mais tubulares, mas aquela era especial por ter sido na remada. Era o resultado de muito esforço com sessões de yoga, pedaladas em montanhas, natação em Waimea e muito, muito surf em qualquer condição de mar. Tudo para vencer o XXL, na remada, em Jaws.
PIONEIRISMO E “CALA-BOCA”
Desde 2007, Danilo e seus amigos e conterrâneos Marcio Freire e Yuri Soledade fazem um trabalho braçal nas volumosas e turbulentas ondas de Pe’ahi, nome de batismo do pico mundialmente conhecido como Jaws. Antes das tentativas insanas do trio, alguns surfistas já haviam remado no pico, inclusive o experiente big rider Eraldo Gueiros.
Porém, Couto e seus amigos marcaram o início de uma nova era quando passaram a desafiar esquerdas de até 20 pés havaianos. As sessions dos “Mad Dogs” ─ como os locais passaram a chamar os brasileiros insanos na remada ─ fizeram sucesso na internet. Mas foi no dia 16 de janeiro de 2011 que eles mostraram ao mundo que a remada em Jaws era muito mais séria do que se imaginava e despertaram a atenção dos principais big riders e jornalistas especializados do planeta.
Acompanhados do carioca Tiago Candelot e do local Francisco Porcella, os baianos fizeram uma apresentação inesquecível nas bombas de 20 a 25 pés e rapidamente foram parar no site Surfline. Autor do drop mais insano do dia, Danilo Couto estampou a capa da reportagem com uma esquerda sensacional. Era tudo o que faltava para abrir de vez os olhos de muitos surfistas de ondas grandes, talvez blindados por uma infeliz declaração de Laird Hamilton.
Provavelmente incomodado com a repercussão dos “Mad Dogs”, Hamilton menosprezou o surf na remada em Jaws, em entrevista ao Surfline, em outubro de 2010. “Algumas pessoas falam: ‘Tem uma galera dropando Pe’ahi!’. E eu digo: ‘Sim, mas não está nem quebrando!’. Eu conheço Pe’ahi, passei muito tempo lá fora analisando o pico e sei como a onda funciona. Você não rema lá tão fácil”, contestou Laird Hamilton.
A irônica declaração do havaiano deixou Danilo ainda mais sedento pelas morras de Pe’ahi. “Laird tem um talento incrível, uma sintonia perfeita com Jaws no tow-in, mas a verdade é que ele não conhece, tanto quanto a gente, as dificuldades e o prazer de remar ali. Ele nunca remou lá. As únicas quedas que ele deu foram de stand-up paddle, e em dias não tão grandes quanto os dias em que nós remamos”, revela o baiano.
No ano passado, Danilo tomou uma vaca cabulosa em Jaws depois de despencar numa bomba que provavelmente iria para a final do XXL 2010, na categoria de maior onda na remada. Levou uma seqüência de ondas na cabeça e foi varrido para as pedras. Aquilo serviu de lição para que Danilo mudasse seus treinamentos e também o quiver.
Uma conversa com o parceiro de tow-in Rodrigo Resende deixou claro o plano de Danilo para 2011. “Este ano eu quero remar, não interessa o lugar. Minha meta é vencer o XXL com uma onda surfada no braço”, anunciou o baiano. Com o novo objetivo, ele teria menos encontros com Rodrigo, com quem vem encarando as maiores bombas do planeta desde 1999.
Mas a parceria continua firme e forte. Danilo não pensa de forma alguma em deixar o amigo e ídolo. “Quando conheci Rodrigo, no outside de Waimea, rapidamente fizemos uma grande amizade. Ele foi a pessoa que mais me influenciou até hoje no big surf. Sempre foi muito tranqüilo, natural e um monstro quando o mar está em condições extremas. Talvez ele não tenha sido tão badalado pela mídia mundial, mas quem conhece seu talento e seus títulos sabe o verdadeiro valor que ele tem”, resume Couto.
ECONOMISTA? NÃO, EU SOU SURFISTA!
Nada foi fácil na vida desse guerreiro nascido em Salvador e criado no bairro da Barra. Sua carreira no surf sempre foi cercada de emoções. Conciliando o surf aos estudos, Danilo conseguiu evoluir e chegou a correr alguns campeonatos no Nordeste, mas disputar baterias definitivamente não era o seu forte, apesar de ter sido vice-campeão baiano e Top nordestino na categoria Mirim. “Eu não era esforçado. Não gostava de ficar naquela impregnação em ondas geralmente ruins, marcando adversários, fugindo de marcação...”.
O tempo foi passando e veio a faculdade de economia. Tudo caminhava para que Danilo começasse a deixar o surf de lado, até que uma viagem mudou de vez a sua vida. Em dezembro de 1996, aos 21 anos, Danilo decidiu estudar inglês na Califórnia, mas pediu aos pais para passar um mês no Hawaii antes. A idéia era visitar os amigos Yuri Soledade e Fabio Balboa na ilha de Maui, mas bastou um dia para ele perceber que ali seria o seu lugar nos próximos anos. “Peguei altas ondas e ainda ganhei US$ 40 ajudando a galera a fazer faxina. Perguntei ao Balboa: ‘É assim mesmo? Altas ondas e ainda dá pra fazer um dinheiro? To dentro!’”.
Com uma nova perspectiva sobre sua própria vida, ele parte para a Indonésia, explora muitos picos tubulares e volta ao Brasil para trancar a faculdade e renovar o visto norte-americano. Agora, ele iria com tudo ao Hawaii e seu destino seria o North Shore. No fundo, sua mãe já sabia que os estudos na Califórnia seriam deixados de lado. Seu filho sempre foi fissurado pelo surf e aquela trip tinha tudo para reacender a chama.
Não demorou muito para Danilo descobrir que ainda tinha espaço como surfista profissional. Logo em sua primeira temporada no North Shore, ele dividiu o line-up com vários atletas famosos mundialmente. Quando o mar subia de verdade, muitos deles puxavam o bico e alguns nem apareciam nas praias. Danilo estava sempre lá, dropando as bombas com muita atitude e disposição.
SUPERANDO DIFICULDADES
A primeira empresa a acreditar no atleta foi a Seaway, em 1999. Danilo passou por outras marcas, mas sempre teve de conciliar o surf ao trabalho para bancar as despesas em casa. Trabalhou como pedreiro, jardineiro, faxineiro, carpinteiro e muitas outras profissões que exigiram bastante esforço físico.
O big rider passou anos arriscando o pescoço em picos como Pipeline, Teahupoo, Jaws, Mavericks, Todos os Santos, Punta Lobos, Oregon, Waimea e outros lugares insanos. Enfrentou um momento muito difícil em 2008, quando um patrocinador anunciou o fim do contrato, alegando enfrentar uma crise financeira. “Sei que você me deu muito retorno de mídia, mas não temos como continuar. Inclusive não tenho como pagar o bônus que combinamos, pois seu retorno de mídia extrapolou o limite”, falou o empresário.
Era uma notícia bombástica para quem acabara de chegar ao Brasil motivado a renovar o contrato e com grandes planos. Desanimado, Danilo embarcou para Salvador e foi encarar mais uma pedreira. As fazendas da sua mãe no interior da Bahia estavam abandonadas e precisavam de alguém pra botar ordem na casa.
Como fez com seu braço forte em Jaws, o baiano tomou a frente, dominou a situação e passou meses no mato, lidando com trabalhadores rurais. Foi necessário muito jogo de cintura para administrar as fazendas de cacau e gado, mas Danilo nasceu para ser líder e nunca amarelou. Demitiu funcionários preguiçosos, espantou membros do Movimento Sem-Terra, dominou toda a área e deixou tudo em perfeita harmonia.
Mesmo afastado do oceano, ele retornou com muita vontade e conquistou, ao lado de seu parceiro Rodrigo Resente, o vice-campeonato no Mundial de Tow-In em Punta Lobos, no Chile. Aquele resultado deu um novo gás ao big rider e ele seguiu em busca do sonho de poder sustentar sua família através do surf.
LUZ NO FIM DO TUBO
Aos trancos e barrancos, driblou a angustiante falta de patrocínio com belíssimas performances nas ondas mais pesadas do mundo e esteve sempre na briga pelo prêmio XXL. Até que o jornalista Adrian Kojin assumiu a direção de marketing da O’Neill no Brasil e deu a Danilo o que lhe era de direito: uma oportunidade numa grande empresa de surfwear.
O time já contava com Raoni Monteiro e Franklin Serpa, ganhou um reforço de peso com a chegada do baiano casca-grossa. Hora de retribuir o apoio. Afinal, a melhor chance da sua vida não poderia ser desperdiçada. Danilo aumentou a dose de treinamentos e passou a trabalhar ainda mais duro em busca do XXL.
Suas performances em Jaws foram conquistando cada vez mais o respeito da mídia internacional e dos melhores big riders do planeta. Com a repercussão dos seus drops insanos, nomes como Shane Dorian e Greg Long passaram a enviar e-mails e mensagens para o seu celular. Queriam ficar na cola de Danilo no próximo swell.
Quando veio a última mega ondulação da temporada, no dia 15 de março, o baiano não titubeou e mandou o recado para Shane: “It’s on, dog!”. Empolgado como uma criança no parque, o havaiano voou para Maui e pegou uma morra grotesca. Venceu o XXL nas categorias Moster Paddle ─ sendo considerada a maior onda surfada na remada da história, com 57 pés ─ e Moster Tube.
O ADEUS DE SION
Depois de dividir o line-up com Dorian e ter sua prancha mágica 10’6” detonada nas pedras, Danilo pegou outra gunzeira e partiu para Mavericks, Califórnia, onde o swell chegaria com tudo no dia seguinte. Ele foi o único do seleto grupo casca-grossa a enfrentar as bombas nos dois picos.
Mav’s ficou marcada para sempre na memória de Couto. O havaiano Sion Milosky estava em dia de graça e reinava absoluto no outside, com uma atuação de gala nas ondas geladas e cabulosas. Seus olhos brilhavam, seu sorriso era imenso e transmitia uma imagem de missão cumprida.
Danilo contemplava sua atuação e conversava com ele sobre suas gunzeiras mágicas. Até que o havaiano viu uma série apontar no horizonte e interrompeu o assunto para remar na bomba. Sion nunca mais voltou...
Foi um choque em toda a comunidade do surf, principalmente nos big riders que encaram as ondas mais insanas no braço. Danilo conhecia Milosky havia pouco tempo, mas tinha uma profunda admiração por ele. Mais tarde, por intermédio de um amigo em comum, descobriu que a recíproca era verdadeira: Sion também se identificava bastante com a postura de Danilo.
Na cerimônia em homenagem ao havaiano, na ilha do Kauai, onde ficam os locais mais sinistros do arquipélago, Couto estava entre os amigos e parentes de Sion. Fez questão de pegar o microfone e contar a todos o momento mágico em que ele se foi. Suas palavras deram um clima especial à cerimônia e Danilo foi aplaudido.
A CONSAGRAÇÃO
E foi assim, novamente homenageando Sion, que o baiano levou o público ao delírio na tão esperada premiação do XXL em Los Angeles, Califórnia. Depois de muito nervosismo no The Grove Theater, a platéia veio abaixo ao ouvir o nome de Danilo ser anunciado como vencedor.
As lágrimas, aplausos e gritos tomam conta do espetáculo. Todos queriam ver o brasileiro levantar o cheque de US$ 50 mil. Nomes como Shane Dorian, Garrett McNamara e Greg Long já haviam manifestado publicamente uma torcida por Danilo. Ninguém tinha dúvidas de que aquela era a onda da temporada.
Emocionado, ele inicia seu discurso. Agradece aos amigos, parentes, patrocinadores e fãs. A cada frase finalizada, os gritos balançavam o teatro. É hora de fechar com chave de ouro. Com lindas palavras, ele dedica o prêmio a Sion Milosky e anuncia que parte do cheque terá como destino o fundo de doações criado para a família do havaiano. Generoso, ele também ofereceu 10% do prêmio ao shaper Jorge Vicente, fabricante das suas gunzeiras.
Com essa energia contagiante, o baiano conquistou o mundo e levou o Brasil ao topo do pódio do Billabong XXL pela primeira vez na categoria Ride of the Year. Danilo é um monstro, um gladiador feroz, mas, acima de tudo, é um ser humano com um coração fenomenal.