Clássico do cinema nacional e, porque não dizer, do cinema surf dos anos 80, Menino do Rio pode ser considerado não só um filme que marcou época, mas um filme que influenciou o comportamento de toda uma geração.
Menino do Rio é inspirado na canção homônima que alçou a então iniciante Baby Consuelo ao estrelato, a suave composição de Caetano Veloso, que por sua vez, inspirou-se no garoto boa-praça Petit, figura fácil nas areias do Arpoador e, no seu auge, símbolo do astral único do carioca que vive à beira-mar.
A produção tem cheiro de mar, de maresia, juventude e inocência e, pioneira, trouxe a proposta de levar os jovens brasileiros para o cinema. A história é defendida pelo ator André de Biase (o menino do título e também co-autor do filme, dirigido por Antônio Calmon), um conto de amor improvável, que mostra o universo de Ipanema, do Arpoador e do Píer nos anos 80 que até então o país desconhecia. “O Brasil não conhecia um filme para jovens, não conhecia a maneira de viver que os surfistas do Rio levavam, não conhecia o surf. Menino do Rio mostrou uma energia única que era vivida na pureza do Rio”, diz o conhecido ‘Lula’, que graças ao sucesso do filme, assistido por 3 milhões de pessoas, recorde de bilheteria para a época, estrelou a famosa série de televisão Armação Ilimitada, e até hoje, aos 53 anos de idade, ainda é reconhecido como o menino do rio. “Certa vez, tive o prazer de encontrar em um restaurante o Ayrton Senna, que veio direto em minha direção para me cumprimentar e falar que sempre tomava suco de mamão com laranja por minha causa, por causa desse filme”, conta de forma saudosa André de Biase, que evidencia o orgulho de ser lembrado por um filme tão simplório, porém que mudou uma realidade.
Menino do Rio é um filme imperdível para os amantes da vida na praia, do surf. Para entender o que acontecia nas praias do Rio no verão de 1982, conceba o Menino do Rio.