Enquanto um swell proporcionava ondas de 15 pés em Tavarua, fazendo a cabeça de Bruce Irons, Mark Healey e Kelly Slater, a ASP e a Volcom anunciaram, no dia 25 de julho, que Fiji estará de volta ao World Tour em 2012.
O TOUR DOS SONHOS VOLTOU?
SURF NO IPOD
SE NÃO DÁ PARA FICAR LONGE DO SEU IPHONE NEM QUANDO O MAR ESTÁ QUEBRANDO CLÁSSICO, ESSA É PARA VOCÊ. PREPAREI UMA LISTA COM OS CINCO MELHORES APLICATIVOS PARA O TELEFONE DOS "APPLEMANÍACOS" SURFISTAS.
CAMPEONATOS ─ ASPTOGO
É o pacote completo para quem gosta de se manter em dia com o que rola no surf profissional. Confira resultados de campeonatos atualizados constantemente, cobertura ao vivo, rankings e até transmissão em vídeo dos principais eventos da ASP.
$ US$ 2.99
CONDIÇÕES DO MAR ─ OAKLEY SURF REPORT
Não é igual a ver o mar em pessoa, mas o aplicativo da Oakley informa tudo que você precisa saber sobre as condições nas principais praias ao redor do mundo ─ tamanho das ondas, formação, previsão do tempo para uma semana, direção e intensidade do vento e tábua de marés.
$ Gratuito
NOTÍCIAS ─ SURFERS VILLAGE
O aplicativo do surfersvillage.com é para quem respira surf 24 horas por dia. Tem de tudo e mais um pouco ─ notícias de última hora, regionais e internacionais. Com ele em mãos (literalmente), nenhum acontecimento do esporte passará batido.
$ Gratuito
GAMES ─ WILD CARD PRO SURFING
Caia na pele de um surfista amador que ganhou um wild card para um evento do WT. Impressione os juízes e você poderá surfar as melhores ondas do planeta contra todos os Tops ─ ou contra uma comunidade de jogadores online. Se este jogo não for para você, a Billabong e a Rip Curl também lançaram games para o iPhone.
$ US$ 0.99
VIAGENS ─ WORLD SURF ATLAS
Um guia para o surfista viajante. Selecione um pico ao redor do mundo e você terá todas as informações sobre ele. Além disso, o aplicativo informa se as condições de swell e vento alinharão para um mar clássico no dia seguinte.
$ US$ 3.99
FAST FOOD OU À LA CARTE?
"Para te inspirar cada vez mais e ajudar a revelar pra galera a essência do surf".
A frase escrita no envelope sobre minha mesa era do fotógrafo Marcelo Bicudo, que sabendo e compartilhando da minha saudável obsessão por todo tipo de publicação relacionada ao surf, me enviou duas jóias raras.
Uma delas era o primeiro número da extinta Brasil Surf. A outra era a edição de outubro de 1976 da revista americana Surfing.
Em poucos segundos comecei a folhear as páginas amarelas dessas valiosas relíquias, com todo cuidado para que elas não se desintegrassem em minhas mãos. A cada página virada, eu voltava um pouco mais no tempo, entrando sem perceber numa viagem incrível, sem sair do lugar. Larry Bertlemann, Pepê Lopes, Mark Richards, Ricardo Bocão, Mark Warren, PT, Freddy Koester, Michael e Shaun Tomson, Kadinho Meyer, George Greenough e Rico eram alguns dos que estampavam, a cores e em preto e branco, as matérias e anúncios de ambas as revistas ─ publicadas quando eu ainda nem era nascido. Alucinando com as fotos desses mestres deslizando e manobrando em suas single fins, encontrei um texto de Richard Dowdy, então editor da Surfing, que me chamou a atenção."A Terra está rapidamente se transformando numa vila global. Tecnologia e comunicações estão em praticamente todos os cantos do mundo, mundando nossos valores e transformando nossa paisagem".
Fiquei pasmo com a relevância atual de uma frase escrita há 34 anos. Ainda mais quando a mídia especializada de hoje atravessa essencialmente a mesma situação.
Nessa era de internet, sites, blogs e páginas de relacionamento ─ onde o imediatismo é a norma ─ a comunicação de conteúdo e a maneira como o consumimos transformou-se drasticamente. E isso é muito positivo.
Não há como negar que a internet mudou a maneira como hoje acompanhamos o mundo do surf. Lembra como chegávamos na praia ansiosos para ver o que a frente fria iria produzir? Hoje sabemos com dias de antecedência como estarão as ondas, o vento, a maré e o período. E quando tínhamos de esperar dois meses para saber o resultado de um evento? Atualmente acompanhamos tudo ao vivo em HD, com replay, comentário e entrevista na areia.
Os blogs, twitts e páginas de relacionamento, por sua vez, possibilitam um canal direto entre os surfistas e o mundo digital. Ficamos sabendo quase que instantaneamente, por exemplo, que as pranchas de C.J. Hobgood foram roubadas na França e que Peter Mel puxou a cordinha de Dennis Tihara durante um campeonato no México.
Enquanto o dinamismo de novos meios encaixa-se perfeitamente com certos conteúdos, em troca enaltece os pontos fortes da mídia impressa. As revistas de srf que se adaptaram a essa nova realidade estão melhores e mais relevantes do que nunca.
Pois é através delas que temos acesso a textos mais densos, análises mais aprofundadas, opiniões de colunistas de peso, entrevistas extensas e toda a textura da melhor fotografia aquática existente. A natureza do meio pede uma leitura mais tranquila, analítica e reflexiva.
Isso sem falar que revista você pode levar para a praia. Ou ler no banheiro. Ou deitado na rede. Você não precisa estar na frente de uma tela, nem próximo de uma tomada. Aquela foto que te fascinou você recorta e cola na parede. Revista você coleciona e deixa orgulhosamente esparramada na mesa de centro.
Internet é fast food. Impresso é à la carte. Website você devora. Revista você saboreia. Tudo depende do seu apetite.
Um não anula o outro e ambos são válidos em suas distintas propostas. Por isso mesmo as boas revistas sempre existirão ─ trazendo ainda mais inspiração e essência ao leitor que sabe o que quer.
FRUTAS FRESQUINHAS E LEGUMES PODRES
Steve Cleveland é um moleque de 59 anos e gosta de fazer filmes de surf. Ganha muito pouco dinheiro com isso e se preocupa apenas com a diversão ─ de quem assiste e a sua. Seu segundo filme Another State of Mind foi elogiadíssimo e ganhou alguns prêmios festivais afora.
Fresh Fruits for Rotten Vegetables é uma alusão ao clássico do punk hardcore do Dead Kennedys, aqui no caso do surf e as ondas são as frutas fresquinhas e os surfistas os legumes podres, como diz Cleveland.
O blog é um site quase totalmente voltado para o surf progressivo e raramente trata com a devida atenção os longboarders, por isso aproveitamos aqui para comentar um vídeo quase todo recheado com pranchas acima de 9 pés. A intenção do filme é clara, porradaria comento solta e som na caixa, sem frescura, sem firulas, sem “artismos” (habitual crise de artista que muitos diretores atuais sofrem).
Assistir ao surf com trilha do Fugazi, New Order, Stone Roses, Pixies e Public Image Limited não pode errar. Cleverland mostra os mais conhecidos Alex Knost, Joel Tudor, Bonga Perkins, Beau Young, Kassia Meador (a surfista mais sexy do planeta em cima duma prancha), C.J. Nelson e outros que nem fazia idéia existir, como o habilidoso Harley Ingleby e o incrível Chad Marshall.
Ondinhas perfeitas, Indonésia, estilosas caminhadas na prancha, pé no bico, tubo, pranchinha e pranchão, está tudo nesse filme. Exatamente pelo motivo que o mar não se repete é que recomendo assistir a esse filme. Fuja do óbvio ─ e depois corra pros braços dele.
DIREÇÃO Steve Cleveland
TRILHA SONORA New Order, Fugazi, Public Image, Screeching Weassel, Interpol, Pixies, Stone Roses
EXTRAS mais de cinco minutos de surf com trilha do Dinossaur Jr e The Jam.
PORQUE ASSISTIR O verão não termina nunca e há diversão certa nos pranchões se você souber usar direitinho.
NÃO DEIXAR DE CONVIDAR O amigo que curte alaias, mini Simmons, Fishes e adjacências.