BELAS E RADICAIS

JÁ FOI O TEMPO EM QUE MULHER NO OUTSIDE SÓ SERVIA PARA EMBELEZAR O LINE-UP E DISTRAIR OS MARMANJOS. AS MENINAS ESTÃO CADA VEZ MAIS ATIRADAS E APRENDERAM A USAR SEU CHARME PARA PEGAR AS MELHORES DA SÉRIE. NESTA TEMPORADA HAVAIANA, REUNI CINCO NOMES DO SURF FEMININO BRASILEIRO QUE SE ESBALDARAM NAS ONDAS DO NORTH SHORE DE OAHU PARA FALAR SOBRE SUA RELAÇÃO COM ESSE LUGAR MÁGICO.


SUELEN NARAISA

26 anos. Ubatuba, SP
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯
Atual bicampeã brasileira profissional, Suelen Naraisa acumula seis temporadas havaianas no currículo e destaca a importância de freqüentar o North Shore para lapidar seu surf em ondas de qualidade, além de disputar as etapas finais do WQS. Para ela, um dia perfeito no paraíso havaiano começa com boas esquerdas em Rocky Point e termina com um belo jantar com as amigas no Lei Lei’s, tradicional restaurante do Turtle Bay Resort. Um de seus programas favoritos é apreciar o visual da baía de Waimea, onde ainda sonha surfar um dia. Desde sua primeira session na ilha, em Velzyland, a ubatubense vem evoluindo e já encarou até Pipeline, a onda que mais teme ─ onde este ano levou oito pontos no pé e teve que sair carregada da água. “Mas não surfaria Backdoor gigante”, confessa. Suelen também fez bonito em Sunset e deixou sua marca descendo boas ondas. “Nessa temporada, o que mais me marcou foi a união das meninas brasileiras”.


CHANTALLA FURLANETTO
21 anos. Florianópolis, SC
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯
Em sua primeira temporada na ilha, Chantalla era só sorrisos. Além de pegar altas ondas num lugar que considerou mágico, essa foi uma das poucas trips que ela fez apenas para treinar e se divertir, sem a obrigação de competir. As ondas de Rocky Point e Velzyland foram as suas preferidas, assim como Off The Wall. Um dos momentos mais marcantes para ela foi o dia em que Pipeline quebrou gigante: “Acabei não surfando e fiquei na areia só olhando. Ali é perigoso, você precisa estar seguro e atento, e qualquer vacilo pode ter uma conseqüência grave. Mas gostaria muito de surfar Pipe na próxima temporada”, afirma. Chanti, como é chamada pelos amigos, ficou surpresa com o crowd e com a variedade de ondas ao longo dos 10 quilômetros de costa, e aproveitou para testar pranchas maiores do que as que costuma surfar no Brasil. “Teve um dia que o mar estava subindo e resolvemos ir para Rocky Point, apesar de dizerem que não estava bom. Tinha uns 6 pés subindo, perfeito, água bem clarinha, sol e sem crowd!”.


CAMILA STORCHI
24 anos. Torres, RS
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯
Depois de competir em vários eventos em sua terra natal e de algumas etapas do Circuito Brasileiro nos anos anteriores, a bela gaúcha Camila Storchi decidiu se dedicar ao freesurf e partiu para o Hawaii, onde pretende dar aulas de yoga no North Shore. Sua beleza chamou tanto quanto sua disposição na água e logo em sua primeira temporada ela encarou Waimea e Pipeline. Camila se encantou com a energia e o estilo de vida do lugar e ainda não possui data para voltar ao Brasil. Inspirada na trajetória de Maya Gabeira, ela pretende evoluir nas ondas grandes e se tornar uma big rider reconhecida mundialmente. Para ela, um dia ideal tem sol, ondas de 6 pés e apenas seus amigos na água. “Waimea me deixou assustada num dos primeiros swells, e Backdoor achei ainda mais assustador que Pipeline”.


CLÁUDIA GONÇALVES
25 anos. Guarujá, SP
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯
A paulista Cláudia Gonçalves, protagonista da série “Batom e Parafina”, do canal Multishow, completou neste inverno dez temporadas havaianas. “O North Shore é o lugar do mundo em que mais se respira surf, tanto pelas ondas como pela energia e beleza característica do local”, afirma Claudinha. Sua onda preferida é Off The Wall e a mais temida é Pipeline, onde ela sonha pegar um belo tubo. Embora não tenha pretensão de surfar Waimea, ela diz que adora a adrenalina de dormir ouvindo o barulho das ondas: “O coração vai a mil com a expectativa da chegada do swell e a certeza de que no dia seguinte vai estar gigante!”. Nesses dias, ela aproveita para observar e aprender com os melhores surfistas do mundo: “Não há nada melhor do que aprender com quem realmente entende do assunto”, destaca a guarujaense, que garante guardar momentos inesquecíveis em cada pedaço do North Shore. “O pôr do sol em Sunset, surfar em Pipe e passar o dia em Rocky Point são minhas melhores lembranças”.


BRUNA SCHIMITZ
20 anos. Matinhos, PR
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯
Apesar da pouca idade, Bruninha é uma veterana quando o assunto é Hawaii e já foi sete vezes ao North Shore de Oahu. À primeira vista, a paranaense mais parece uma princesa, frágil e delicada. Mas dentro da água a bela loira se revela uma surfista radical e atirada, qualidades que a levaram a se manter durante dois anos entre as Top 16 do World Tour. Para ela, os cilindros mais desafiadores estão em Backdoor e Pipeline, picos que sonha um dia surfar os tubos da vida. Nessa temporada ela se dedicou à onda de Sunset e confessa ter passado alguns sufocos no pico. Um dia ideal na opinião da surfista tem sol, água cristalina e altas ondas sem vento, em picos como Velzyland, Gas Chambers, Rocky Point, Pipe e Sunset. “O diferencial do North Shore é o tamanho e a qualidade das ondas. Mesmo quando está flat na previsão, é possível surfar boas ondas, e isso não acontece em outros lugares do mundo”.