06 perguntas para... Ernesto Simões

ERNESTO SIMÕES, 33 ANOS, NÃO VIVE DO SURF, MAS SEMPRE QUE PODE CORRE PRA ÁGUA. DONO DE UMA EMPRESA QUE PRESTA SERVIÇOS PARA A INDÚSTRIA DE ÓLEO E GÁS, PRINCIPALMENTE PARA A GIGANTE PETROBRAS, ESTE BAIANO SANGUE BOM JÁ VIVEU ATÉ NO HAWAII PARA FICAR PERTO DAS ONDAS.

01. Onde e quando começou a surfar?
Em Busca Vida, praia que surfo até hoje, no litoral de Salvador. Isso foi mais ou menos em 1986.

02. Quais são os seus picos preferidos?
Busca Vida e Camburi, em São Paulo. Hawaii também, principalmente Sunset Beach e Backyards. Morei lá durante três anos, também fiz faculdade de comércio exterior. Toda vez que caía em Sunset era a sessão da vida. Como morria de medo de Pipe, sempre me focava em Sunset (risos). Foi uma fase muito surf, peguei três temporadas inteiras, do primeiro ao último swell. Começava a surfar em outubro e só parava em maio. Foi excelente, realização de todo surfista.

03. A sessão da vida?
Num lugar secreto no litoral de Salvador, num pico sem nome. Um dia de sol, água cristalina e direitas perfeitas, de seis a oito pés. Surfei com Danilo Couto, estava lindo, parecia Sunset Beach.

04. Quantas temporadas havaianas você tem nas costas?
Sete, mas uma temporada inteira morando lá vale muito mais do que passar apenas 15 dias. Porque destas sete, tiveram vezes que não peguei onda. Este ano me programei para ir durante o Carnaval, mas cancelei porque estava muita chuva e vento. Acho que o maior desafio é chegar ambientado para pegar as grandes. Só a molecada ou quem já morou lá é que consegue.

05. Como faz para manter o equilíbrio surf × vida profissional?
Procuro fazer duas viagens por ano. Dois meses antes, começo a me forçar para entrar em forma. Aqui no Brasil pratico stand up, estou viciado. Você treina força, equilíbrio e seu gás fica bom. Também remo de canoa havaiana e encaixo o surf quando dá. Como viajo muito, tenho pranchas em vários lugares, sempre me esforço para estar dentro d'água.

06. Já perdeu um bom negócio por causa de um grande swell?
Já deixei de trabalhar, mas de fechar um grande negócio, não. Porque o surf é meu esporte, meu estilo de vida, mas não é ele que paga as minhas contas. Não deixei e não deixaria, pelo menos hoje.